
A intertextualidade entre "Mar Português" , de Fernando Pessoa e, "O Gigante Adamastor", de Camões, relatam as viagens dos navegantes portugueses pelo Oceano Atlântico, durante os Séculos XV e XVI. Fernando Pessoa retrata como as pessoas encaravam o mar. O "Cabo do Bojador", era uma espécie de "limite", sendo que dali o perigo do mar aumentava cada vez mais, pois além disso, neste período os homens julgavam aue a Terra era plana e o mar acabava num abismo.
para Camões a viagaem de Vasco da Gama, para as ìndias, representou muitos perigos, pondo o Gigante Adamastor como um dos Titãs da mitologia grega, relatando a história de amor dos navegantes.
Ambos textos comentam as dificuldades da época e da dor dos que ficavam no porto vendo a partida de seus homens, deixando para trás suas famílias e seu povo, pois chegar a terra desejada sem saber o que havia além do horizonte, lhes fazia imaginar que nunca mais voltaríam à Portugal.
Tanto Luís de Camões, como Fernando Pessoa, falam sobre o sofrimento e a dor dos portugueses no momento da partida das embarcações, e ambos os autores citam três tipos de sofrimento, que consideram principais. Camões menciona o sacrifício das mães, esposas e irmãs: "Mães, esposas, irmãs, que o temeroso/amor mais desconfio acrescentavam/a desesperação e frio medo/ de já nos tornar a ver tão cedo". Fernando Pessoa, por sua vez realça a dor das mães, dos filhos e das noivas que perderam a sua oportunidade de constituir família: "Por te cruzarmos quantas mães choraram/ quantos filhos em vão rezaram/ quantas noivas ficaram por casa". Como se constata os dois poetas demontaram mais sofrimento das mães e privilegiaram o sentimento de dor dos familiares mais chegados aos marinheiros.
Artigo produzido pelos alunos das 8as. Séries da Escola Municipal São Miguel - Curitiba-Paraná.
